CENTRO
UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA
CAMPUS
MARTE
CURSO LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Luís Ricardo Moreira
Santos RA: 6659384582
METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO MÉDIO E EJA
Trabalho
realizado para a disciplina Metodologia
e Prática do Ensino Médio e EJA sob orientação
da Professora
Vanir Belo.
SÃO
PAULO
2015
1. Da geografia
que aprendemos à geografia que ensinamos na escola
A apresentação do texto aborda algumas reflexões de
autores acerca das complexas relações entre a Geografia acadêmica e a escolar.
Ao introduzirem essa abordagem é mencionada a preocupação e a discussão atual na
formação do docente para o ensino da Geografia. Essa preocupação se torna
compreensível, visto que, é na formação docente
que se pode contribuir para que haja inovações nas formas do ensino da
Geografia. Neste contexto, o ensino e a aprendizagem da Geografia apontam
alguns caminhos possíveis para que a disciplina cumpra o seu papel nas escolas.
Esses caminhos podem ser percorridos desde a formação dos professores da
disciplina.
O trabalho em sala de aula precisa permitir ao
aluno a compreensão do espaço geográfico, portanto,
existe a necessidade de um entendimento constante com o seu próprio espaço para
que o aluno amplie sua visão de mundo. Para Schäffer, o vínculo entre a
academia e a escola está mais distante do que as aparências supõem, ou seja,
aquilo que se ensina nas escolas é uma forma particular de saber, o qual tem
origem no saber acadêmico. Nesta ótica, apesar das diferentes perspectivas da
Geografia, a maneira mais comum de ensiná-la e repassá-la aos alunos, têm sido
através do discurso do professor, ou do material didático.
No decorrer do texto,
observa-se a história da Geografia e de suas principais correntes do pensamento
geográfico. A discussão da formação e do ensino da Geografia tem suas bases
constituídas na sua própria história, cada corrente geográfica contribuiu para
a formação do pensamento geográfico atual.
Hoje, a discussão
contemporânea sobre os conteúdos de ensino, beneficia as reflexões os debates e
produções sobre o ensino da Geografia, pois, na medida em que o aluno aprofunda
sua capacidade de análise e compreensão, este desenvolve um olhar mais crítico
sobre o que está aprendendo.
Em
suma, caminhos foram criados, em muitas vezes ambíguos, neste contexto, a
Geografia tem passado por amplas tentativas de renovação seja ela acadêmica ou
escolar. Não obstante, esse fenômeno inclui o homem como parte de toda mudança
e transformação do espaço geográfico.
No atual processo de
globalização que envolve variadas questões geográficas (política, territorial,
econômica, social, cultural e ambiental), cabe ao professor ser um agente de
transformação social, mostrando os problemas e ao mesmo tempo, despertando nos
alunos a consciência sobre seu papel como cidadãos, mostrando que ele faz
parte, ativamente e passivamente na resolução dos problemas que envolvem a
Geografia local e global.
O ato de avaliar e de ser avaliado mesmo que faça
parte de nossas vidas em todos os momentos, ele tem sido uma tarefa árdua para
alunos e professores durante toda a história da educação. A avaliação da
aprendizagem tem sido encarada como o momento de punição para aqueles que não
aprenderam o conteúdo ministrado em sala de aula. No entanto, a avaliação deve
ser entendida como um momento de reflexão para toda a comunidade escolar. Ela
precisa ocorrer durante todo o processo de ensino, por ser parte constitutiva
deste processo. O objetivo da avaliação deve ser o de subsidiar o fazer
pedagógico. Para que isso ocorra, ela deve ser contínua, participativa,
diagnóstica e investigativa. As informações obtidas devem proporcionar o
redimensionamento da prática pedagógica e educativa, reorganizando as práticas
de todos os envolvidos nessa atividade, no sentido de avançar no entendimento
do processo ensino-aprendizagem. Esse artigo traz algumas reflexões sobre a
avaliação da aprendizagem e a coloca dentro de uma visão socioconstrutivista de
ensino. Tentando demonstrar como deve ser a prática avaliativa em Geografia na
perspectiva em que o aluno é responsável pela construção do de seu conhecimento
e o professor um mediador nesse processo.
O termo avaliação da aprendizagem recebe diversos
conceitos e interpretações, essa variação se deve ao posicionamento
teórico-filosófico dos vários autores que discutem o tema. Segundo Libâneo
(2004, p. 196), podemos entender o conceito de avaliação da aprendizagem como
[...] o componente do processo de ensino que visa, através da verificação e
qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os
objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às
atividades didáticas. Com base nesta concepção, buscamos entender a maneira
como a avaliação do processo educacional é feita e como determina e espelha a
concepção educacional da prática docente. Além disso, a avaliação é fator
determinante do processo de aprendizagem e sempre foi utilizada pela escola
como uma forma de constatar a aprendizagem dos alunos, todavia, ao longo do
tempo, a avaliação foi praticada de diversas formas. De acordo com Luckesi
(2006), a pedagogia jesuítica definia com rigor os procedimentos considerados
importantes a serem levados em conta num ensino eficiente, mesmo assim,
privilegiavam o ritual das provas e exames; a pedagogia comeniana também
priorizava os exames a fim de estimular o aprendizado dos alunos através do medo
e a sociedade burguesa pregava o medo e o fetiche como mecanismos necessários.
Ainda hoje, o que vemos imperando em nossas escolas é a avaliação enquanto
medida, classificação, juízo de valores etc. Na maioria das vezes, o ato de
avaliar é tido como um momento de punição para grande parte dos alunos e
professores.
Baseando-se neste sentido, ainda há uma enorme
distância na relação professor-aluno, baseada nos moldes do ensino
tradicionalista, em que a avaliação é tida como o simples ato de aplicar provas
e testes no final de cada bimestre para, assim, se poder somar a nota obtida para
cada aluno. Entretanto, para vários autores como Hoffman (2000), Chaves (2003),
Luckesi (1998, 2006), Anastasiou (2006) entre outros, a avaliação da
aprendizagem pode se dar de uma outra forma, vinculada ao processo de ensino
aprendizagem. “A avaliação deverá ser assumida como um instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em
vista tomar decisões 3 suficientes e satisfatórias para que possa avançar no
seu processo de aprendizagem” (LUCKESI, 1998, p. 81). Quando a avaliação se
transforma em um instrumento auxiliar do ensino, ela passa a exercer sua
verdadeira função, que é a de avaliar conhecimentos, conteúdos ensinados,
objetivos propostos e alcançados, ou seja, avaliar aquilo que o aluno aprendeu,
acompanhando sempre o processo como um todo. Para Sobrinho (2003), a avaliação
da aprendizagem serve como base para a tomada de decisões e posições que
produzem efeitos na vida das pessoas. As diferentes concepções de avaliação
refletem fundamentos racionais e um corpo de princípios, metodologias,
instrumentos e procedimentos próprios que a cada uma conferem uma feição
característica, produzindo efeitos distintos e beneficiando diferentes agentes
e destinatários. A avaliação pode se dar de várias formas e com a utilização de
instrumentos diversificados (investigações, observações, provas, testes,
trabalhos, exercícios, relatórios de campo etc.), de acordo com as diversas
concepções e posicionamentos teórico-metodológicos de cada um. Quando a
avaliação está comprometida com a aprendizagem, ela não representa mais um
sacrifício para professores e alunos, pois os agentes do processo pensam e
participam dela de maneira direta e efetiva. Sendo assim, estamos construindo
um ensino mais concreto e democrático. Para Rabelo (1998, p.11), “avaliar é
indispensável em toda a atividade humana e, portanto, em qualquer proposta de
educação”. A prática avaliativa sob o olhar do socioconstrutivismo Toda prática
de ensino é orientada por concepções e posicionamentos teóricofilosóficos, seja
de maneira consciente ou não. Sendo assim, toda prática avaliativa também é
assim orientada. Com base na visão, considerada aqui, tradicional, Chaves
(2003) atesta que a avaliação assume um caráter regulador, formalista,
disciplinador, autoritário e desvinculado do processo de ensino-aprendizagem,
ou seja, de fora para dentro. Desse modo, o aluno deve devolver ao professor
exatamente o que ele recebeu durante as aulas, não cabendo a ele a
criatividade, nem a interpretação, não lhe é dada a chance de participar
ativamente do seu processo de ensino aprendizagem.
Alguns
pontos em que a autora Ana Clarissa Stefanello, destaca são: os aspectos cognitivos
da percepção em Geografia, onde mencionam conceitos de autores renomados sobre
o estudo da percepção, cada um com sua base de estudo, entre eles, Tuam; onde
afirma que a ( percepção é um tanto a respostas dos estímulos externos, como uma atividade proposital, na
qual alerta que fenômenos são claramente restritos, enquanto outros retrocedem
para a sombra ou são bloqueados), segundo Tuam, não apenas a percepção é
relevante, como também a cognição, qual constitui o fundamentos dos estudo geográficos.
Segundo a percepção da realidade constituída individualmente e o objeto que se quer
alcança. O renomado pensador Piaget; tem seus estudos citados por Oliveira,
onde a adaptação representa o equilíbrio entre as ações humanas sobre o
ambiente e vice-versa. Esclarece a função intelectual, composta por dois
processo: a assimilação e a acomodação. Sendo que o primeiro sugere que indivíduo
impõe sua organização ao meio. No segundo, ao contrario o meio restritivo age
sobre o indivíduo.
Outro relato do livro, cita, Lynch; onde enfoca
ainda a influência do aspecto da cidade na vida das pessoas e as possibilidades
de melhora-las. Onde destacam na sua
estrutura seus ideais em quatro pilares: sendo 1, legibilidade, 2, construção
da imagem, 3, estrutura e identidade, e 4, imaginabildade, onde segundo, Lynch,
esses quatros aspectos são aplicados, nos estudos cidades, é como as cidades
são projetadas pelos os residentes, é os não residentes. Entre outros artigos
destaco pelo estudioso, segundo Lynch, afirma que a poluição visual é o
principal problema na questão da organização urbana. Stefanello destaca,
pedagogos contemporâneos no Brasil, o
progressista Anísio Texeira, a contribuição de Paulo Freire, a pedagogia história crítica, cujos principais
representantes são, Demerval Saviane, Jose Carlos Lebânio. Assim como
representantes da dialética maxista também são citadas no livro, Makarengo e
Gramsci, assim como na teoria progressista de George Suyders.
O ensino de Geografia tem por objetivo levar
os alunos a uma consciência da espacialidade das coisas, dos fenômenos que eles
vivenciam, seja de modo direto ou não, como parte da história social, sendo o
raciocínio espacial importante para a realização de práticas sociais variadas,
já que essas práticas são práticas sócio-espaciais. Assim, o ensino de
Geografia é de suma importância para oportunizar o aluno a acompanhar e
compreender as transformações do mundo. Para que isso seja possível, não
podemos mais negar a realidade em que o aluno está inserido, a construção de
conceitos deve se dar a partir da inter-relação de conhecimentos cotidianos e
científicos. 7 A teoria socioconstrutivista se apresenta como um caminho para
que o ensino de geografia cumpra bem o seu papel.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A alfabetização
de adultos: ela é um quefazer neutro? Autor- Paulo Freire
Stefanello, Ana
Clarissa. Metodologia do Ensino de História e Geografia. Didática e Avaliação
da Aprendizagem no Ensino de Geografia. Vol. 2. Editora IBPEX.
Nenhum comentário:
Postar um comentário