quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

LIBRAS- a língua brasileira de sinais e sua importância para a comunidade surda

LIBRAS


A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E SUA IMPORTÂNCIA PARA A COMUNIDADE SURDA

A linguagem de sinais é sem dúvida não observada por muitas pessoas, ela só passa ser notada quando alguém da família tem deficiência visual ou auditivo, passei por uma experiência em um evento no salão de exposição de imigrantes REATECH 2013, onde ali utilizei um ônibus com muitos surdos e mudo e ali todos ficaram interagindo um com o outro e eu simplesmente me encontrava perdido sem saber ao menos o que eles conversavam, e durante algumas horas que visitei observei o tamanho da população surdas e mudas só na cidade de São Paulo, e que diversas empresas automobilísticas passaram a investir em melhorias de modificações em seus veículos para esse publico, assim também os meios tecnológicos e entre outros. A língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, pode ser fácil de ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade. Como língua, esta composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerado instrumento linguístico de poder e força. Possui todos elementos classificatórios identificáveis numa língua e demanda prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. É uma língua viva e autônoma, e que a cada tempo passa a ser mais reconhecida tanto no núcleo educacional quanto nos lugares privados. Segundo Sánchez (1990:17) a comunicação humana “é essencialmente diferente e superior a toda outra forma de comunicação conhecida. Todos os seres humanos nascem com os mecanismos da linguagem específicos da espécie, e todos os desenvolvem normalmente, independentes de qualquer fator racial, social ou cultural”. Uma demonstração desta afirmação se evidencia nas línguas oral-auditiva (usadas pelos ouvintes) e nas línguas viso-espacial (usadas pelos surdos). As duas modalidades de línguas são sistemas abstratos com regras gramaticais. Entretanto, da mesma forma que as línguas orais-auditivas não são iguais, variando de lugar para lugar, de comunidade para comunidade a língua de sinais também varia. Dito de outra forma: existe a língua de sinais americana, inglesa, francesa e varias outras línguas de sinais em vários países, bem como a brasileira. A estrutura da Língua Brasileira de Sinais é constituída de parâmetros primários e secundários que se combinam de forma sequencial ou simultânea. Segundo Brito (1995, p. 36 – 41) os parâmetros primários são: Configurações das mãos, em que as mãos tomam as diversas formas na realização de sinais. De acordo com a autora, são 46 configurações de mãos na Língua Brasileira de Sinais; Ponto de articulação, que é o “espaço em frente ao corpo ou uma região do próprio corpo, onde os sinais são articulados. Esses sinais articulados no espaço são de dois tipos, os que articulam no espaço neutro diante do corpo e os que se aproximam de uma determinada região do corpo, como a cabeça, a cintura e os ombros”; (BRITO, 1995). c) Movimento, que é um “parâmetro complexo que pode envolver uma vasta rede de formas e direções, desde os movimentos internos da mão, os movimentos do pulso, os movimentos direcionais no espaço até conjuntos de movimentos no mesmo sinal. O movimento que as mãos descrevem no espaço ou sobre o corpo pode ser em linhas retas, curvas, sinuosas ou circulares em várias direções e posições”. (BRITO, 1995)
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INCLUSÃO NA SALA DE AULA
É importantíssimo que você compreenda que esta língua não é a língua de um país, mais é a língua de um povo que se denominam de Povo Surdo . Os surdos deste povo são pessoas que se reconhecem pela ótica cultural e não medicalizada, possuem uma organização política de vida em função de suas habilidades, neste caso a principal é a habilidade visual, o que gera hábitos também visuais e uma língua também visual. No entanto, a palavra – surdo – possui vários sentidos. O mais usado é aquele ligado à ideia de doença, de falta, de incapacidade, de deficiência. Nem todos os surdos se identificam como surdos, ha aqueles que ouvem pouco e/ou usam a oralidade identificando-se como deficientes auditivos, outros com o mesmo histórico preferem identificar-se como surdo, logo não se tem uma definição exata do termo. Neste curso quando nos referimos aos surdos, estamos nós referindo àqueles que utilizam a Libras assim como você utiliza a Língua Portuguesa. Os surdos para identificar aqueles que não são surdos costumam perguntar: _ Você é ouvinte? O termo ouvinte é uma forma de reconhecer o não-surdo. Talvez não tenha ficado claro o suficiente quem são os surdos e quem são os ouvintes, mas com certeza gradativamente com o decorrer do curso você compreenderá o significado tais termos.
Quando falamos sobre cultura muitas coisas podem vir a nossa mente, há diferentes culturas e diferentes modos de conceituar cultura, depende do espaço onde ela é discutida. Aqui, neste espaço, usamos o termo cultura para expressar o jeito de ser ou de estar inserido em nosso país, e ressaltaremos a todos os momentos os jeitos de ser e estar no mundo do povo surdo, ou seja, sobre cultura surda podemos dizer com as palavras de Sá (p.01, 2006) que ““Cultura”, neste texto, é definida como um campo de forças subjetivas que dá sentido(s) ao grupo”. No século XXI, mais do que nunca, tem-se dado extremo valor à estética do corpo e da linguagem, mesmo que ocultamente tem se mantido o paradigma da alta e da baixa cultura, precisamos urgentemente igualar eles com a maioria e ser , precisam falar, ver, ouvir, andar fazer parte de uma cultura dita padrão para então serem considerados incluídos na sociedade. O embate acontece exatamente porque existe um campo de forças subjetivas que dá sentido(s) ao grupo, ou seja, existe a Cultura Surda e é a língua de sinais a marca subjetiva que dá sentido(s) a esta cultura. Os surdos são organizados social e politicamente, possuem um estilo de viver que é próprio de quem usa a visão como meio principal de obter conhecimento. A cultura surda é também híbrida e mestiça, pois não se encontra isolada no mundo, está sempre em contato direto com outras culturas e evolui da mesma forma que o pensamento humano.
Encerro com um grupo de meninas que são surdas mas que empresas de aparelhos auditivos tem facilitados a vida delas porque agora elas conseguem entender muitas coisas que falo e com isso tem incluído eles em nossos meios de conversas no dia a dia.










BIBLIOGRAFIA
https://www.google.com.br/search?q=fotos+da+cidade+de+palhano+ceara&espv=2&biw=1224&bih=578&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwicl_DRs8DJAhWGhJAKHfRMBAoQ_AUICSgE#tbm=isch&q=GESTOS+DE+LIBRAS&imgrc=-dwOuOkAgIyf6M%3A

http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/inclus%C3%A3o-social-do-surdo-reflex%C3%B5es-sobre-contribui%C3%A7%C3%B5es-da-lei-10436-%C3%A1-educa%C3%A7%C3%A3o-aos-profissi

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